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Seja como for, "esta espécie de blog" não pretende ser nada, a não ser o reflexo do que SOU e SINTO!

domingo, 22 de agosto de 2010

Delírio

É o meu mel
que eu cheiro na tua boca

É no teu pénis
que eu bebo a sede toda

Nos meus lábios abertos
que me vencem
eu nada devagar sem ter vergonha

É a lagoa - eu digo
de veludo

É o grito - eu sei
na raiva solta

É a proa do prazer
sobre o lençol
onde mais tarde vai rebentar a onda
Secreto é o ruído dos corpos no embate

Os elmos já depostos pelo chão
caídas as viseiras e as máscaras
o vestido misturado à armação

São fulvos os cavalos
com as patas cor do pó
tropeçando na paz adormecida

Eu levo a bandeira do orgasmo
E "para tão grande amor é curta a vida".



Maria Teresa Horta

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