Espaço de emoções sentidas? Memórias?Estados de alma?Desabafos?Palavras ditas e outras que ficaram por dizer?

Tributo a poetas? Pequenas homenagens?

Talvez tudo isso ou, apenas, exorcismo e catarse da alma?


Seja como for, "esta espécie de blog" não pretende ser nada, a não ser o reflexo do que SOU e SINTO!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Just feel it!



Yes, she's portuguese!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sem ti


Que faço da minha vida,
Sem o som da tua voz?
Que faço da minha boca,
Sem o sabor do teu beijo?
Que faço da minha mão,
Sem o teu corpo por perto?
Que faço de mim,
Se anseio por ver-te, sentir-te,
E ter-te dentro de mim...

E TU NAO VENS?!

Como te digo que...
Queria perder-me contigo,
Prender-me no teu abraço,
Na tua boca, no teu ventre, no teu sexo...
Que queria amar-te p'ra sempre,
E achar-me eternamente no calor da tua alma,
Morrer ao som da tua voz,
Ao sabor do teu beijo,
No cheiro do teu corpo ...

ASSIM: SABOREANDO A PAZ E A DOÇURA DESSA VIAGEM DIVINA, ATÉ À ETERNIDADE!

Pudesse eu ...


Pudesse eu morrer hoje como tu me morreste nessa noite
–e deitar-me na terra;
e ter uma cama de pedra branca e um cobertor de estrelas;
e não ouvir senão o rumor das ervas que despontam de noite,
e os passos diminutos dos insectos,e o canto do vento nos ciprestes;
e não ter medo das sombras,nem das aves negras nos meus braços de mármore,
nem de te ter perdido – não ter medo de nada.

Pudesse eu fechar os olhos neste instante e esquecer-me de tudo
– das tuas mãos tão frias quando estendi as minhas nessa noite;
de não teres dito a única palavra que me faria salvar-te,
mesmo deixando que eu perguntasse tudo; de teres insultado a vida
e chamado pela morte para me mostrares que o teu corpo já tinha desistido,
que ias matar-te em mim e que era tarde para eu pensar
em devolver-te os dias que roubara.

Pudesse eu cair num sono gelado como o teu e deixar de sentir a dor,
a dor incomparável de te ver acordado em tudo o que escrevi
– porque foi pelo poema que me amaste,
o poema foi sempre o que valeu a pena
(o mais eram os gestos que não cabiam nas mãos,
os morangos a que o verão obrigou);

e pudesse eu deixar de escrever esta manhã,
o dia treme na linha dos telhados, a vida hesita tanto,
e pudesse eu morrer, mas ouço-te a respirar no meu poema.


Maria do Rosário Pedreira

Punhal


Estavas sentado e havia uma paisagem agreste
nos teus olhos: as nuvens a prometerem chuva,
os espinheiros agitados com a erosão das dunas,
um mar picado, capaz de todos os naufrágios.

O teu silêncio fez estremecer subitamente a casa -
era a força do vento contra o corpo do navio; uma
miragem fatal da tempestade; e o medo da tragédia;
a ameaça surda de um trovão que resgatasse a ira
dos deuses com o mundo. quando te levantaste,

disseste qualquer coisa muito breve que me feriu
de morte como a lâmina de um punhal acabado
de comprar. (Se trovejasse, podia ser um raio
a fracturar a falésia no espelho dos meus olhos.)

Hoje, porém, já não sei que palavras foram essas -
de um temporal assim recordam-se sobretudo os despojos
que as ondas espalham de madrugada pelas praias.


Maria do Rosário Pedreira

Teria sido teu...

... o tempo que aqui passo!
Teriam sido tuas as horas que por aqui deambulo, tentando esquecer(te).!
Teriam sido teus os minutos e os segundos que, a custo, aqui tento, tristemente, gastar!

Como tirar-te de dentro de mim?

Trying to hate you...







...Releio as tuas "cartas". Releio as minhas.
Como se pode dizer tanta coisa sem se sentir?





Revolta, raiva, arrependimento por ter acreditado.

(She is) So beautiful, so sweet...where I find some peace.

A sound with soul

I just can't breath...without you!

What I got to do to make you love me?

Faria de novo!

Faria de novo

Meu segredo, minha dor, minha saudade...

domingo, 25 de julho de 2010

Eterno



Dizem que "A alma é o lugar onde o amor guarda o que não aconteceu, sob a forma da imaginação, para que aconteça sempre."

Pior que isso foi ter guardado o teu amor na minha, julgando ser real. Apesar de tudo, ainda volto lá, a todas as horas, para que me aconteça sempre!

Drama


O grande drama da minha vida não é morrer.É simplesmnete não viver. Morrer sem ter, de facto, vivido. E não ter vivido, no meu caso, significa ter sido "proibida" de amar.

Dizem os mais sábios(psicólogos, filósofos...)que somos nós próprios os responsáveis pela nossa felicidade.
Sabendo isto, deveríamos ter consciência que está nas nossas mãos invertermos o jogo.
Parece fácil!
Parecem sempre fáceis de resolver os problemas dos outros...

Yes, i'm crazy!

Fado



Dizem os ventos que as marés não dormem esta noite.
Estou assustada à espera que regresses: as ondas já
engoliram a praia mais pequena e entornaram algas
nos vasos da varanda. E, na cidade, conta-se que
as praças acoitaram à tarde dezenas de gaivotas
que perseguiram os pombos e os morderam.

A lareira crepita lentamente. O pão ainda está morno
à tua mesa. Mas a água já ferveu três vezes
para o caldo. E em casa a luz fraqueja, não tarda
que se apague. E tu não tardes, que eu fiz um bolo
de ervas com canela; e há compota de ameixas
e suspiros e um cobertor de lã na cama e eu

estou assustada. A lua está apenas por metade,
a terra treme. E eu tremo, com medo que não voltes.


Maria do Rosário Pedreira





Dorme, meu amor...

Dorme, meu amor, que o mundo já viu morrer mais
este dia e eu estou aqui, de guarda aos pesadelos.
Fecha os olhos agora e sossega, o pior já passou
há muito tempo; e o vento amaciou; e a minha mão
desvia os passos do medo. Dorme, meu amor -

a morte está deitada sob o lençol da terra onde nasceste
e pode levantar-se como um pássaro assim que
adormeceres. Mas nada temas: as suas asas de sombra
não hão-de derrubar-me, eu já morri muitas vezes
e é ainda da vida que tenho mais medo. Fecha os olhos

agora e sossega, a porta está trancada; e os fantasmas
da casa que o jardim devorou andam perdidos
nas brumas que lancei ao caminho. Por isso, dorme,

meu amor, larga a tristeza à porta do meu corpo e
nada temas: eu já ouvi o silêncio, já vi a escuridão, já
olhei a morte debruçada nos espelhos e estou aqui,
de guarda aos pesadelos, a noite é um poema
que conheço de cor e vou cantar-to até adormeceres .


Maria do Rosário Pedreira

Diz-me o Teu Nome




Diz-me o teu nome - agora, que perdi
quase tudo, um nome pode ser o princípio
de alguma coisa. Escreve-o na minha mão

com os teus dedos - como as poeiras se
escrevem, irrequietas, nos caminhos e os
lobos mancham o lençol da neve com os
sinais da sua fome. Sopra-mo no ouvido,

como a levares as palavras de um livro para
dentro de outro - assim conquista o vento
o tímpano das grutas e entra o bafo do verão
na casa fria. E, antes de partires, pousa-o

nos meus lábios devagar: é um poema
açucarado que se derrete na boca e arde
como a primeira menta da infância.

Ninguém esquece um corpo que teve
nos braços um segundo - um nome sim.

- Maria do Rosário Pedreira -

Ainda sobre as mulheres...





"As mulheres são falsas nos países onde os homens são tiranos. A violência gera em toda a parte a manha."

Bernardin de Saint-Pierre

Mulheres...



" As mulheres não adoecem mais facilmente no território da emoção por serem mais frágeis do que os homens, como sempre acreditou o machismo que reinou durante milénios. Exceptuando as causas metabólicas, elas adoecem mais porque amam, dão-se, entregam-se e preocupam-se mais com os outros do que os homens. Além disso, frequentemente, são mais éticas, sensíveis e solidárias do que eles. Elas estão na vanguarda da batalha da vida, por isso estão mais desprotegidas. Os soldados na frente de batalha têm mais hipóteses de serem alvejados."


Augusto Cury, A Saga de um Pensador (recomendo)

Morte, leva-me!



E aqui estou, tentando esquecer (te), tentando enganar o desespero, inventando razões para me manter viva...

Tem razão Augusto Cury quando diz "Ninguém se suicida porque quer morrer."

Você não quis me conhecer!!




Unique!

The queen... je t'aime!

Como te amo!


" (...)
E de te amar assim, muito e amiúde
é que um dia em teu corpo, de repente, hei-de morrer de amar mais do que pude."


Vinicius de Morais

sábado, 24 de julho de 2010

Se...



"Se ao menos o teu olhar desse por mim ao passar..."

Se ao menos a minha mão a tua pudesse tocar...
Se ao menos a tua voz,doce e meiga, pudesse escutar...
Se ao menos a tua pele apenas pudesse acariciar...
Se ao menos, meu amor, contigo pudese voar...
O céu seria o meu mar!
A morte seria vida!
A noite seria dia!
A sombra seria luz!
... E tu serias luar!

Quisiera yo también!

Crueldad



"Talvez lo único que duele más que decirte adiós es no haber tenido la ocasión de haberme despedido de ti."

Como tu lo has hecho...



" Los muros que construimos alrededor de nosotros nos protegen contra la tristeza, pero también impiden que nos llegue la felicidad."

Mi tristeza




"Mi tristeza no está sólo en mí, sino en el mundo que me rodea, en el aire que respiro, en la certeza de saber que las cosas nunca cambiarán, que no hay un sitio en el universo donde para mi pueda haber felicidad..."

It's only words...




Na verdade, as palavras podem não significar mesmo nada. O que acontece é que nos agarramos a elas e acreditamos nelas porque precisamos acreditar em algo. Foi o que fiz com as tuas. Depois delas, só vazio e dor!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Take me to the other side...

Itálico

Fotografia by Lost-in-the-rain

La tranquilité que je cherche...



Fotografia by Lost-in-the-rain

Les épines que je trouve...


fotografia by Lost-in-the-rain

Comme toi?




« Depuis trois mois il l’enveloppait dans l’irrésistible filet de sa tendresse. Il la séduisait, la captivait, la conquérait. Il s’était fait aimer par elle, comme il savait se faire aimer. Il avait cueilli sans peine son âme légère de poupée. »


Guy de Maupassant, Bel Ami

Je t'attends encore



"Procurei-te em vão pela terra, perto do céu, por sobre o mar. Se não chegas nem pelo sonho, por que insisto em te imaginar ? "
Cecília Meireles

Mon amour...



"Basta-me um pequeno gesto, feito de longe e de leve, para que venhas comigo e eu para sempre te leve..."

Cecília Meireles

Believe me!

Malheureusement...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Diz o poeta


«Tem razão o poeta: “O amor é a coisa mais triste quando se desfaz.” É triste por causa do retrato:porque ele faz lembrar uma felicidade que se teve e que não se tem mais. O retrato é uma sepultura.»

terça-feira, 20 de julho de 2010

Incompreensível


Como pode alguém atirar para o alto um amor assim?!!

A Song For You... my love!

domingo, 18 de julho de 2010

Brisa do Coração

O teu corpo



Impetuoso, o teu corpo é como um rio
onde o meu se perde.
Se escuto, só oiço o teu rumor.
De mim, nem o sinal mais breve.

Imagem dos gestos que tracei,
irrompe puro e completo.
Por isso, rio foi o nome que lhe dei.
E nele o céu fica mais perto.

Eugénio de Andrade

Respiro o teu corpo



Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.

Eugénio de Andrade

Quando foi?




Quando foi aquele tempo em que eu me olhava,
sonhando, nas águas desta bacia
e via o rosto da moça que, do fundo, me sorria?
Onde foi parar o sonho? Pra onde foi a magia?
Pra onde o rosto da moça que, do fundo, me sorria?
Em que águas refletida sorri agora, tardia,
a face que me sorria lá no fundo da bacia?

Maria Thereza Noronha

sábado, 17 de julho de 2010

Paradoxal




...esta espera, que sabe a fel, porque sei que não voltas!

(O que os sentimentos fazem de nós: meros seres irracionais!...)

Maldito tempo

É. Maldito tempo! Maldito porque às vezes passa depressa. Maldito porque às vezes não passa.
Maldito porque quando passa, envelhecemos. Maldito porque quando (parece que) não passa, envelhecemos também.
Maldito!

- Tempo, porque não passas depressa, agora, que quero esquecer a dor?

Eco de ti

Dorme ainda comigo o eco de ti...

...O eco da tua voz, o som do teu sorriso e o perfume da ternura que derramavas sobre a minha pele...

Com a ausência de ti, rolam, agora, pedaços de mar sem pombas brancas e sem risos do Sol, e nenhum horizonte me espera.

Uma ideia fixa povoa-me a mente, sem dó: queria apenas ver-te uma vez mais...olhar no fundo dos teus olhos à procura de ti..procurar-me dentro de ti... adivinhar em que lugar obscuro me escondeste...descobrir o que fizeste ao teu coração...onde o enterraste e , principalmente, perceber porque simulaste ter coração!

o mar e tu

sábado, 10 de julho de 2010

sei



Sei que tu sabes
desta febre que me devora e suga
deste ácido que brilha em pérolas de suor na minha pele.
A minha mão esculpe o teu corpo
e conhece-lhe recantos escondidos.
Há um aroma vibrante nesse teu cabelo
e uma força macia que se me enrola nos dedos.

Sei que tu sabes
quando os meus olhos se perdem loucos
no abismo dos teus.
Numa espiral magnética
as minhas pestanas dançam húmidas
desconcertantes coreografias pela tua face.

Sei que tu sabes
deste meu vício de ti
da ânsia do toque apaixonado
dessas mãos a que me submeto.
Em complicadas partituras
mescladas de trombetas e tambores
esta paixão é um cavalo alado
sem rédeas, sem freio, sem destino.
Descubro-te a vida numa lágrima
e a tua voz canta-me rumbas de desejo.
Não sabemos como partir
como quebrar o sonho e seguir.
Em cada dia há um mistério por guardar
e um punhal cá dentro a afundar-se.

Mas eu sei que tu sabes
que eu sou tão real quanto imaginária
e guardo em mim o mistério do amor.


Margarida Piloto Garcia

Carta



Escrevo-te:
mais uma carta de paixão.
Conto-te do desejo,
do incontornável calor
do teu corpo e do meu,
da saudade vincada de ti,
da cama, do suor, do orgasmo.

É: uma carta de paixão
(esta), a que te escrevo,
com palavras que escorrem
no envelope.

Vem hoje;
para que eu me venha, também.



Paula Raposo

Immense et Rouge


Fotografia by lost-in-the-rain


Immense et rouge
Au-dessus du Grand Palais
Le soleil d'hiver apparaît
Et disparaît
Comme lui mon coeur va disparaître
Et tout mon sang va s'en aller
S'en aller à ta recherche
Mon amour
Ma beauté
Et te trouver
Là où tu es.

Jacques Prévert

Se eu pudesse...



"Pudesse, eu, transformar-me em água ou ar, tocar-te toda a pele, rodear-te, depois, guardar-te em mim, de mim seres parte e eu ser parte de ti e em ti ficar. Pudesse, eu, ser como a onda do mar, que, no vaivém, ficasse a embalar-te, de um modo tão suave e com tal arte que, em mim, desejasses naufragar. Pudesse, eu, ser... Pudesse, eu, saber a melhor forma de te sentir e ter..."

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Amo-te!



“Ver-te não chega.
falar-te tb nao chega.
é preciso ter-te, tocar-te...
sentir-te, beijar-te, possuir-te...
beber-te todo, parte por parte..
largar-te de seguida.,
para de novo te voltar a ter.
e amar-te para sempre...! “

Dor



"Dói, meu amor...
Doem-me os dedos da falta de ti
Doem-me os lábios de saudade de um beijo
Doem-me os olhos de te não ver....

Sabes?
Dói-me o coração!"

Meu sal



Conheço o sal da tua pele seca
depois que o estio se volveu inverno
da carne repousando em suor nocturno.

Conheço o sal do leite que bebemos
quando das bocas se estreitavam lábios
e o coração no sexo palpitava.

Conheço o sal dos teus cabelos negros
ou louros ou cinzentos que se enrolam
neste dormir de brilhos azulados.

Conheço o sal que resta em minhas mãos
como nas praias o perfume fica
quando a maré desceu e se retrai.

Conheço o sal da tua boca, o sal
o sal da tua língua, o sal dos teus mamilos,
e o da cintura se encurvando das ancas.

A todo o sal conheço que é só teu,
ou é de mim em ti,ou é de ti em mim,
um cristalino pó de amantes enlaçados.

Jorge de Sena

Fim


- O que houve, traiu-te?
- Muito pior: esqueceu-me...

Mário Quintana

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Poeta




"UM POETA É UM ROUXINOL QUE SE SENTA NA ESCURIDÃO, E CANTA PARA SE CONFORTAR DA PRÓPRIA SOLIDÃO COM SEUS PRÓPRIOS SONS. SEUS OUVINTES SÃO HOMENS ARREBATADOS PELA MELODIA DE UMA MUSICA INVISÍVEL, QUE SE SENTEM COMOVIDOS E EM PAZ, AINDA QUE NÃO SAIBAM COMO NEM PORQUÊ”

PERCY BYSSHE SHELLEY




“Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma.“

terça-feira, 6 de julho de 2010