Serenamente os dedos
sob os dedos
um fogo brando
nos seios da madrugada
se bebo o medo
do medo dos teus dedos
apago os lábios
nos lábios dessa água
Côncavo breve da palma
e logo os dedos
da tua mão fechada na cintura
depois descendo
crescendo e já fendendo
tocando enfim no topo da loucura
Punho da espada
ou pulso do teu braço
os dedos baixo
descobrindo o nada
enquanto eu monto renasço
e vou gemendo
subindo em mim
até de madrugada
Maria teresa horta
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