Gostaria de poder ser aquela que desejo ser, do outro lado da rede da loucura. Faria ramos de flores todo o dia. Pintaria a dor, o amor e a ternura. Rir-me-ia muito da estupidez dos outros, e todos diriam: pobre louca. ( Riria muito sobretudo da minha própria estupidez. ) Construiria o meu mundo e, enquanto vivesse, ele estaria em harmonia com todos os outros mundos. O dia, a hora e o minuto que vivesse, ele estaria em harmonia com todos os outros mundos. O dia, a hora e o minuto que vivesse seriam ao mesmo tempo meus e de toda a gente. A minha loucura não seria então um meio de me refugiar no meu trabalho, para que os outros me mantenham prisioneira da sua obra. A revolução é a harmonia da forma e da cor, e tudo se transforma e permanece sob uma única lei: a vida. Ninguém se separa de ninguém. Ninguém luta por si só. Tudo é ao mesmo tempo tudo e um. A angústia, a dor e o prazer e a morte são apenas um único e mesmo meio de existir. “
In, Diário de Frida
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