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quarta-feira, 30 de março de 2011

Naquela noite...

Naquela noite...

Quando o meu corpo tocou o teu,

Suei um prazer macio e doce

E voei no sonho que foi ter-te...

Ali, naquele instante sublime e efémero,

Entrei num mundo mágico que foi só meu

E, depois...

Depois, receei tirar-te ao teu descanso merecido,

E deixei que, por breves horas, dormisses...

Não podia, mas desejei tocar-te toda a noite

E, desperta, enchi meu coração de ti,

Para te sentir dentro de mim, quando partisses...

Sei que, na verdade, não te tive,...

Sei que não sentiste a dor que instalaste no meu peito,

Quando disseste :" Vamos?"

Sei, ... creio..., que tudo não passou, afinal,

Do tal sonho em que voei...

Mas sinto, ainda, no meu rosto,

O vento inesperado e seco que, durante a noite, se levantou,

E que, junto com as folhas sangrentas e tristes das árvores semi-despertas,

te arrancou de mim e te levou,

envolto na nuvem cinzenta e lenta que passava...

Atrás de mim, não pudeste ver as amargas lágrimas

que caíam, vagarosas, na minha face pálida,

tornando o meu corpo um castelo de areia,

pronto a desfazer-se, moribundo, e já saudoso de ti!




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