"A poesia não está somente nos versos, por vezes ela está no coração, e é tamanha, a ponto de não caber nas palavras " (JORGE AMADO)
Espaço de emoções sentidas? Memórias?Estados de alma?Desabafos?Palavras ditas e outras que ficaram por dizer?
Tributo a poetas? Pequenas homenagens?
Talvez tudo isso ou, apenas, exorcismo e catarse da alma?
Seja como for, "esta espécie de blog" não pretende ser nada, a não ser o reflexo do que SOU e SINTO!
Tributo a poetas? Pequenas homenagens?
Talvez tudo isso ou, apenas, exorcismo e catarse da alma?
Seja como for, "esta espécie de blog" não pretende ser nada, a não ser o reflexo do que SOU e SINTO!
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Sem ti
Que faço da minha vida,
Sem o som da tua voz?
Que faço da minha boca,
Sem o sabor do teu beijo?
Que faço da minha mão,
Sem o teu corpo por perto?
Que faço de mim,
Se anseio por ver-te, sentir-te,
E ter-te dentro de mim...
E TU NAO VENS?!
Como te digo que...
Queria perder-me contigo,
Prender-me no teu abraço,
Na tua boca, no teu ventre, no teu sexo...
Que queria amar-te p'ra sempre,
E achar-me eternamente no calor da tua alma,
Morrer ao som da tua voz,
Ao sabor do teu beijo,
No cheiro do teu corpo ...
ASSIM: SABOREANDO A PAZ E A DOÇURA DESSA VIAGEM DIVINA, ATÉ À ETERNIDADE!
Sem o som da tua voz?
Que faço da minha boca,
Sem o sabor do teu beijo?
Que faço da minha mão,
Sem o teu corpo por perto?
Que faço de mim,
Se anseio por ver-te, sentir-te,
E ter-te dentro de mim...
E TU NAO VENS?!
Como te digo que...
Queria perder-me contigo,
Prender-me no teu abraço,
Na tua boca, no teu ventre, no teu sexo...
Que queria amar-te p'ra sempre,
E achar-me eternamente no calor da tua alma,
Morrer ao som da tua voz,
Ao sabor do teu beijo,
No cheiro do teu corpo ...
ASSIM: SABOREANDO A PAZ E A DOÇURA DESSA VIAGEM DIVINA, ATÉ À ETERNIDADE!
Pudesse eu ...
Pudesse eu morrer hoje como tu me morreste nessa noite
–e deitar-me na terra;
e ter uma cama de pedra branca e um cobertor de estrelas;
e não ouvir senão o rumor das ervas que despontam de noite,
e os passos diminutos dos insectos,e o canto do vento nos ciprestes;
e não ter medo das sombras,nem das aves negras nos meus braços de mármore,
nem de te ter perdido – não ter medo de nada.
Pudesse eu fechar os olhos neste instante e esquecer-me de tudo
– das tuas mãos tão frias quando estendi as minhas nessa noite;
de não teres dito a única palavra que me faria salvar-te,
mesmo deixando que eu perguntasse tudo; de teres insultado a vida
e chamado pela morte para me mostrares que o teu corpo já tinha desistido,
que ias matar-te em mim e que era tarde para eu pensar
em devolver-te os dias que roubara.
Pudesse eu cair num sono gelado como o teu e deixar de sentir a dor,
a dor incomparável de te ver acordado em tudo o que escrevi
– porque foi pelo poema que me amaste,
o poema foi sempre o que valeu a pena
(o mais eram os gestos que não cabiam nas mãos,
os morangos a que o verão obrigou);
e pudesse eu deixar de escrever esta manhã,
o dia treme na linha dos telhados, a vida hesita tanto,
e pudesse eu morrer, mas ouço-te a respirar no meu poema.
Maria do Rosário Pedreira
Punhal
Estavas sentado e havia uma paisagem agreste
nos teus olhos: as nuvens a prometerem chuva,
os espinheiros agitados com a erosão das dunas,
um mar picado, capaz de todos os naufrágios.
O teu silêncio fez estremecer subitamente a casa -
era a força do vento contra o corpo do navio; uma
miragem fatal da tempestade; e o medo da tragédia;
a ameaça surda de um trovão que resgatasse a ira
dos deuses com o mundo. quando te levantaste,
disseste qualquer coisa muito breve que me feriu
de morte como a lâmina de um punhal acabado
de comprar. (Se trovejasse, podia ser um raio
a fracturar a falésia no espelho dos meus olhos.)
Hoje, porém, já não sei que palavras foram essas -
de um temporal assim recordam-se sobretudo os despojos
que as ondas espalham de madrugada pelas praias.
Maria do Rosário Pedreira
Teria sido teu...
Trying to hate you...
domingo, 25 de julho de 2010
Drama
O grande drama da minha vida não é morrer.É simplesmnete não viver. Morrer sem ter, de facto, vivido. E não ter vivido, no meu caso, significa ter sido "proibida" de amar.
Dizem os mais sábios(psicólogos, filósofos...)que somos nós próprios os responsáveis pela nossa felicidade.
Sabendo isto, deveríamos ter consciência que está nas nossas mãos invertermos o jogo.
Parece fácil!
Parecem sempre fáceis de resolver os problemas dos outros...
Fado
Dizem os ventos que as marés não dormem esta noite.
Estou assustada à espera que regresses: as ondas já
engoliram a praia mais pequena e entornaram algas
nos vasos da varanda. E, na cidade, conta-se que
as praças acoitaram à tarde dezenas de gaivotas
que perseguiram os pombos e os morderam.
A lareira crepita lentamente. O pão ainda está morno
à tua mesa. Mas a água já ferveu três vezes
para o caldo. E em casa a luz fraqueja, não tarda
que se apague. E tu não tardes, que eu fiz um bolo
de ervas com canela; e há compota de ameixas
e suspiros e um cobertor de lã na cama e eu
estou assustada. A lua está apenas por metade,
a terra treme. E eu tremo, com medo que não voltes.
Maria do Rosário Pedreira
Dorme, meu amor...
Dorme, meu amor, que o mundo já viu morrer mais
este dia e eu estou aqui, de guarda aos pesadelos.
Fecha os olhos agora e sossega, o pior já passou
há muito tempo; e o vento amaciou; e a minha mão
desvia os passos do medo. Dorme, meu amor -
a morte está deitada sob o lençol da terra onde nasceste
e pode levantar-se como um pássaro assim que
adormeceres. Mas nada temas: as suas asas de sombra
não hão-de derrubar-me, eu já morri muitas vezes
e é ainda da vida que tenho mais medo. Fecha os olhos
agora e sossega, a porta está trancada; e os fantasmas
da casa que o jardim devorou andam perdidos
nas brumas que lancei ao caminho. Por isso, dorme,
meu amor, larga a tristeza à porta do meu corpo e
nada temas: eu já ouvi o silêncio, já vi a escuridão, já
olhei a morte debruçada nos espelhos e estou aqui,
de guarda aos pesadelos, a noite é um poema
que conheço de cor e vou cantar-to até adormeceres .
Maria do Rosário Pedreira
este dia e eu estou aqui, de guarda aos pesadelos.
Fecha os olhos agora e sossega, o pior já passou
há muito tempo; e o vento amaciou; e a minha mão
desvia os passos do medo. Dorme, meu amor -
a morte está deitada sob o lençol da terra onde nasceste
e pode levantar-se como um pássaro assim que
adormeceres. Mas nada temas: as suas asas de sombra
não hão-de derrubar-me, eu já morri muitas vezes
e é ainda da vida que tenho mais medo. Fecha os olhos
agora e sossega, a porta está trancada; e os fantasmas
da casa que o jardim devorou andam perdidos
nas brumas que lancei ao caminho. Por isso, dorme,
meu amor, larga a tristeza à porta do meu corpo e
nada temas: eu já ouvi o silêncio, já vi a escuridão, já
olhei a morte debruçada nos espelhos e estou aqui,
de guarda aos pesadelos, a noite é um poema
que conheço de cor e vou cantar-to até adormeceres .
Maria do Rosário Pedreira
Diz-me o Teu Nome
Diz-me o teu nome - agora, que perdi
quase tudo, um nome pode ser o princípio
de alguma coisa. Escreve-o na minha mão
com os teus dedos - como as poeiras se
escrevem, irrequietas, nos caminhos e os
lobos mancham o lençol da neve com os
sinais da sua fome. Sopra-mo no ouvido,
como a levares as palavras de um livro para
dentro de outro - assim conquista o vento
o tímpano das grutas e entra o bafo do verão
na casa fria. E, antes de partires, pousa-o
nos meus lábios devagar: é um poema
açucarado que se derrete na boca e arde
como a primeira menta da infância.
Ninguém esquece um corpo que teve
nos braços um segundo - um nome sim.
- Maria do Rosário Pedreira -
Ainda sobre as mulheres...
Mulheres...
" As mulheres não adoecem mais facilmente no território da emoção por serem mais frágeis do que os homens, como sempre acreditou o machismo que reinou durante milénios. Exceptuando as causas metabólicas, elas adoecem mais porque amam, dão-se, entregam-se e preocupam-se mais com os outros do que os homens. Além disso, frequentemente, são mais éticas, sensíveis e solidárias do que eles. Elas estão na vanguarda da batalha da vida, por isso estão mais desprotegidas. Os soldados na frente de batalha têm mais hipóteses de serem alvejados."
Augusto Cury, A Saga de um Pensador (recomendo)
Morte, leva-me!
Como te amo!
sábado, 24 de julho de 2010
Se...
"Se ao menos o teu olhar desse por mim ao passar..."
Se ao menos a minha mão a tua pudesse tocar...
Se ao menos a tua voz,doce e meiga, pudesse escutar...
Se ao menos a tua pele apenas pudesse acariciar...
Se ao menos, meu amor, contigo pudese voar...
O céu seria o meu mar!
A morte seria vida!
A noite seria dia!
A sombra seria luz!
... E tu serias luar!
sexta-feira, 23 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Comme toi?
Je t'attends encore
Mon amour...
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Diz o poeta
terça-feira, 20 de julho de 2010
domingo, 18 de julho de 2010
O teu corpo
Respiro o teu corpo
Quando foi?
Quando foi aquele tempo em que eu me olhava,
sonhando, nas águas desta bacia
e via o rosto da moça que, do fundo, me sorria?
Onde foi parar o sonho? Pra onde foi a magia?
Pra onde o rosto da moça que, do fundo, me sorria?
Em que águas refletida sorri agora, tardia,
a face que me sorria lá no fundo da bacia?
Maria Thereza Noronha
sábado, 17 de julho de 2010
Paradoxal
Maldito tempo
Eco de ti
Dorme ainda comigo o eco de ti...
...O eco da tua voz, o som do teu sorriso e o perfume da ternura que derramavas sobre a minha pele...
Com a ausência de ti, rolam, agora, pedaços de mar sem pombas brancas e sem risos do Sol, e nenhum horizonte me espera.
Uma ideia fixa povoa-me a mente, sem dó: queria apenas ver-te uma vez mais...olhar no fundo dos teus olhos à procura de ti..procurar-me dentro de ti... adivinhar em que lugar obscuro me escondeste...descobrir o que fizeste ao teu coração...onde o enterraste e , principalmente, perceber porque simulaste ter coração!
...O eco da tua voz, o som do teu sorriso e o perfume da ternura que derramavas sobre a minha pele...
Com a ausência de ti, rolam, agora, pedaços de mar sem pombas brancas e sem risos do Sol, e nenhum horizonte me espera.
Uma ideia fixa povoa-me a mente, sem dó: queria apenas ver-te uma vez mais...olhar no fundo dos teus olhos à procura de ti..procurar-me dentro de ti... adivinhar em que lugar obscuro me escondeste...descobrir o que fizeste ao teu coração...onde o enterraste e , principalmente, perceber porque simulaste ter coração!
sábado, 10 de julho de 2010
sei
Sei que tu sabes
desta febre que me devora e suga
deste ácido que brilha em pérolas de suor na minha pele.
A minha mão esculpe o teu corpo
e conhece-lhe recantos escondidos.
Há um aroma vibrante nesse teu cabelo
e uma força macia que se me enrola nos dedos.
Sei que tu sabes
quando os meus olhos se perdem loucos
no abismo dos teus.
Numa espiral magnética
as minhas pestanas dançam húmidas
desconcertantes coreografias pela tua face.
Sei que tu sabes
deste meu vício de ti
da ânsia do toque apaixonado
dessas mãos a que me submeto.
Em complicadas partituras
mescladas de trombetas e tambores
esta paixão é um cavalo alado
sem rédeas, sem freio, sem destino.
Descubro-te a vida numa lágrima
e a tua voz canta-me rumbas de desejo.
Não sabemos como partir
como quebrar o sonho e seguir.
Em cada dia há um mistério por guardar
e um punhal cá dentro a afundar-se.
Mas eu sei que tu sabes
que eu sou tão real quanto imaginária
e guardo em mim o mistério do amor.
Margarida Piloto Garcia
Carta
Immense et Rouge
Se eu pudesse...
"Pudesse, eu, transformar-me em água ou ar, tocar-te toda a pele, rodear-te, depois, guardar-te em mim, de mim seres parte e eu ser parte de ti e em ti ficar. Pudesse, eu, ser como a onda do mar, que, no vaivém, ficasse a embalar-te, de um modo tão suave e com tal arte que, em mim, desejasses naufragar. Pudesse, eu, ser... Pudesse, eu, saber a melhor forma de te sentir e ter..."
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Amo-te!
Dor
Meu sal
Conheço o sal da tua pele seca
depois que o estio se volveu inverno
da carne repousando em suor nocturno.
Conheço o sal do leite que bebemos
quando das bocas se estreitavam lábios
e o coração no sexo palpitava.
Conheço o sal dos teus cabelos negros
ou louros ou cinzentos que se enrolam
neste dormir de brilhos azulados.
Conheço o sal que resta em minhas mãos
como nas praias o perfume fica
quando a maré desceu e se retrai.
Conheço o sal da tua boca, o sal
o sal da tua língua, o sal dos teus mamilos,
e o da cintura se encurvando das ancas.
A todo o sal conheço que é só teu,
ou é de mim em ti,ou é de ti em mim,
um cristalino pó de amantes enlaçados.
Jorge de Sena
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Poeta
terça-feira, 6 de julho de 2010
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